Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens
Sábado de manhã, saindo da igreja, minha amiga diz estar "morrendo de vontade" de comer batatas e pergunta se eu tenho batatas em casa. Eu respondo que não lembro, mas que poderiamos ir juntas até em casa e então se eu tivesse ela poderia levá-las para comer no almoço. Ela concordou!!!
Se isso dependesse só da gente, esse post já estaria quase acabando, pois eu moro há menos de 5 minutos da igreja. Levando em consideração que 5 minutos seria o tempo médio para chegarmos na minha casa e talvez mais uns 5 minutos computando o tempo de elevador, abrir a geladeira, conferir se tem batatas e então voltar para o carro onde ela iria para a casa dela e eu para o almoço na casa dos meus cunhados. Tudo teria se resolvido em mais ou menos 10 minutos!!
Mas quando se tem filhos o fluxo é outro. Só para sair da igreja acho que "perdemos" uns 15 minutos. As crianças (um meu e dois dela) corriam ao redor da igreja, então minha amiga sugeriu que eu fosse para um lado e ela para o outro, afim de achá-los. No meio do caminho eu tive que parar para conter o filho de uma outra amiga (mais ou menos um ano e meio) que descia uma "rampinha" com toda velocidade possível, cuja a mãe corria "desesperada" atrás dele. Por sorte ele não caiu, a mãe pegou no colo e acabamos trocando algumas palavras sobre filhos.
A amiga das batatas achou as três crianças, mas a Naty que conversava com os adolescentes na porta da igreja já não estava mais lá. Achar a Naty foi bem fácil, porque ela já passou (faz tempo) da fase de ficar correndo! Estava parada conversando.
No caminho para o carro, a Naty que ia conversando com os amigos não percebeu que atravessamos a rua, tentamos gritar, mas ela não ouviu (porque o papo deveria estar muito interessante), "perdemos" aí talvez mais uns 2 minutos... pois tivemos que esperá-la perceber que tinha nos deixado para trás e voltar tudo o que havia andado a mais.
Chegamos em casa. A ordem dada a todos foi:
- Fiquem no carro, pois só vamos pegar batatas!!
Enquanto esperávamos o elevador, surgiram ao nosso lado, como num passe de mágica, duas crianças e uma adolescente. Naty ia trocar de roupa, Diego e Gustavo precisavam trocar figurinhas do albúm da turma da Mônica.
Entramos em casa e o cachorro que ficou muito feliz em nos ver, acabou deixando escapar um pouco de xixi no meio da sala ao ser acariciado pelas crianças. Fui até a lavanderia, peguei produto de limpeza, pano de chão e fui limpar a sujeira, depois limpei o jornal onde ele costuma fazer suas necessidades e fui lavar as mãos.
As crianças que iam apenas pegar as figurinhas, "sem querer" derrubaram vários brinquedos no chão e agora precisavam dar uma rápida brincadinha. Foram instruídos a deixar a brincadeira pra depois e guardarem logo os brinquedos pois estavámos com pressa. Acabei tendo que ajudá-los na organização, pois estava muito difícil pra eles fazerem isso.
Abri a geladeira e tinha batatas. Lembrei que tinha uma panela da minha amiga em casa e já aproveitei pra devolver. Já que estava tudo perdido mesmo aproveitei também para mostrar-lhe meu presente de natal.
Quem teve muita sorte foi a Naty, pois teve tempo de sobra para se trocar.
Tudo feito: chão da sala limpo, jornal de necessidades do cachorro trocado, brinquedos guardados, figurinhas trocadas, batatas e panelas entregue, Naty trocada... Hora de voltarmos para o carro!!
Descobrimos que uma das crianças tinha tirado o tênis e não poderia descer descalça. Espera calçar, amarra o cadarço e enfim... de volta para o carro... agora podíamos seguir para nossos compromissos.
Nós só queríamos pegar batatas!
Quanto tempo gastamos ao todo??? Não marcamos no relógio, mas certamente, "chutando" por baixo, desde a tentativa de saída da igreja até a volta ao carro gastamos cerca de 50 minutos...
Esse é um dos poderes dos filhos! Fazer gastarmos 50 minutos em uma atividade que poderia ter sido realizada em 10!
Já aconteceu coisas parecidas com você? Compartilhe com a gente!!