quarta-feira, 28 de março de 2012

"Surto Terapêutico"

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

Uma vez eu li na internet que uma das vantagens de se ter um blog é a possibilidade de contribuir para formação de opiniões. Bem! Quando eu pensei em escrever este post eu não sei bem se a minha idéia era formar uma opinião "tão descontrolada" nas pessoas, mas pensando que quem me lê tem o livre-arbítrio de usar ou não a minha opinião para formar a sua eu resolvi escrever mesmo assim. Vou escrever sobre algo que eu nomeei de "surto terapêutico".

Como eu disse é algo de "total descontrole", mas as vezes chego a conclusão que mães precisam disso. Que atire a primeira pedra a mãe que nunca teve um "surto terapêutico"!  Mais do que isso... além de atirar a pedra quero te desafiar a contar para  nós o seu segredo de nunca ter "surtado".

Sabe? Pra começar o assunto, queria saber porque mães precisam falar mais de mil vezes a mesma coisa. Porque falar uma única vez não é o suficiente? Eu falo uma, duas, três, mil vezes... Então começo a gritar feito uma "louca ensandecida" e como num passe de mágica sou ouvida. A isso chamo de "surto terapêutico". Terapêutico pra mim que consegui me fazer ouvir e terapêutico para os filhos que "conseguiram obedecer".

Tudo espalhado pela casa um dia, dois dias, três dias, mil dias... um dia guardo tudo, no outro peço para guardarem, no outro explico porque temos que ajudar em casa e no outro faço algumas ameaças sobre não guardarem as roupas, brinquedos e calçados... Então o "surto terapêutico" se faz novamente necessário. Sair pela casa com um saco de lixo nas mãos recolhendo tudo o que acha na frente com cara de homem do saco surtado e repetindo frases visivelmente neuróticas, tais como: "só eu faço tudo por aqui", "não aguento mais essa vida", "ninguém me ajuda", "eu trabalho o dia inteiro e é isso que eu ganho", etc, etc, etc... Super terapêutico!!! Filhos com cara de medo, pedem desculpas, guardam tudo, prometem que nunca mais vão fazer isso e garante mais ou menos uma semaninha de casa um pouco mais organizada. Ótimo! Todos estamos no lucro. 
(Conheço mães que em ocasiões como esta realmente colocaram tudo no lixo. Será que um dia eu chego a esse nível de "surto"?)

E aquele choro/birra sem motivo aparente? Você conversa, tenta acalmar, coloca no colo, ignora... Nada resolve. Sabe o que você faz? Age como uma "abobalhada, imatura e infantil", começa a chorar e a imitar a birra do filho na mesma intensidade e desnecessaridade que ele. É batata!!! Pára de chorar na hora, sente-se envergonhado e de quebra ainda te consola por ficar com tanto dó do seu descontrole.

Nossa! Acho que poderia citar ainda várias ocasiões de "surtos terapêuticos".

Se depois do "surto" eu pondero que não precisava de tanto e me sinto um pouco culpada??? Com certeza SIM!

Se o descarregamento da raiva e do estresse me causam certo alívio e me dá forças para recomeçar? Com certeza SIM também! 

UFA! Então estamos empatados.

Se você quiser nos contar um de seus "surtos terapêuticos" sinta-se a vontade. Novas idéias para "surtarmos" serão sempre bem vindas.


Obs.: Este post é uma ironia aos corriqueiros acontecimento diários. Em nenhum momento tenho por objetivo fazer apologia a comportamentos de descontrole que possam colocar em risco a integridade física e mental de nossos filhos. Além disso usei a palavra "surto" de forma simbólica, mas gostaria de lembrar que o surto (acesso como fúria ou crise epiléptica, em que ocorrem momentos de inlucidez) é um sintoma grave que quando ocorre com frequência pode ser indicativo de uma doença psiquiátrica precisando ser avaliada e tratada por profissionais competentes. É importante lembrar ainda que situações constantes de explosões e excesso de intorlerância podem indicar doenças como estresse e depressão, também sendo necessário a busca por tratamento com profissionais especializados.  

segunda-feira, 26 de março de 2012

Que diferença faz uma estação!!

Postado por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

Recebi este texto por e-mail, inclusive desconheço a autoria. Mas quando li, imediatamente remeteu-me aos meus filhos. Me fez pensar e refletir sobre a importância de não julgá-los por pequenos atos, de não "pré-determiná-los" por pequenos momentos. 

Este texto me fez decidir a me esforçar mais para respeitar cada fase que eles terão de viver. Nós vemos apenas uma estação de cada vez da vida deles, mas Deus vê o ciclo completo!!

Espero q gostem do texto e também consigam refletir na mensagem que ele trás.

Segue:  

Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um em uma viagem, para observar uma Pereira que estava plantada em um distante local.

O primeiro filho foi lá no Inverno (I), o segundo na Primavera(P), o terceiro no Verão(V), e o quarto e mais jovem, no Outono(O).

Quando todos eles partiram, e retornaram, ele os reuniu, e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.

O primeiro filho(I) disse que a árvore era feia, torta e retorcida.

O segundo filho(P) disse que não, que ela era recoberta de botões verdes, e cheia de promessas.

O terceiro filho(V) discordou; disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto.

O último filho(O) discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas...

O homem então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore...

Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são, e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estão completas.

Se você desistir quando for Inverno, você perderá a promessa da Primavera, a beleza de seu Verão, a expectativa do Outono.

Moral da História: Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil
.

Persevere através dos caminhos difíceis e melhores tempos certamente virão de uma hora para a outra!!!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Filho do Coração

Postado por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

"Não habitou no meu ventre, mas mergulhou nas entranhas da minha alma.
Não foi plasmado do meu sangue, mas alimenta-se do néctar de meus sonhos.
Não é fruto de minha hereditariedade, mas molda-se no valor do meu caráter.
Se não nasceu de mim, certamente nasceu para mim.
E se mães também são filhas, e se filhos todos são,
duplamente abençoado é o filho do coração!!!"

Autor desconhecido

terça-feira, 20 de março de 2012

A Propósito de Pais e Filhos

Postado por Renata Palombo
Escrito por Luiz Schettini Filho

No mês de Fevereiro deste ano fomos surpreendidos por mais uma terrível tragédia familiar, conforme anunciado em vários meios de comunicação, onde um filho matou seus pais, o Bispo Robinson Cavalcanti e sua Esposa, a facadas (clique aqui para ler a notícia). 

Em todas as matérias vemos o destaque dado pela imprensa à informação de que o assassino é filho adotivo do casal.

Por que nunca informam que o assassino é filho biológico quando o crime é protagonizado por um filho bio?! Assassino é assassino. Se é filho biológico ou adotivo pouco importa ao fato dele ter cometido assassinato. Se assim não fosse, Suzana Richtofen não teria assassinado seus pais BIOLÓGICOS, entre inúmeros outros casos semelhantes.
 
Destacar que o assassino é filho adotivo termina por sugerir que tal fato tem relação com o crime ocorrido e alimenta uma outra tragédia: a do preconceito.
 
Recebi por e-mail uma "carta" escrita pelo psicólogo Luiz Schettini Filho que trabalha há 40 anos com filhos por adoção. Achei por bem publicá-la em meu blog conforme segue:

 
Seres vivos se agridem. Os humanos não fogem à regra. O que é inaceitável é o peso injusto que se atribui quando essas agressões penalizam pessoas pelo seu grau de parentesco; como se agredir alguém com quem não se comunga qualquer parentalidade fosse um ato de menor importância.

Estas considerações vêm a propósito de notícia veiculada pela mídia, dando conta de que um filho, em uma ação execrável, agride pai e mãe até a morte e, em seguida, tenta a própria morte. Todos reprovamos e ficamos constrangidos com tal ação destruidora, ainda mais quando oriunda de uma relação de parentesco de tanta profundidade quanto a que liga pais e filho.

O que causa estranheza e, diria, estarrecimento, é se especificar e acentuar que o autor da ação reprovável é filho adotivo. Por que insinuar que o crime cometido o foi por um filho adotivo? Porventura tendo alguém se tornado filho por adoção trará em si o germe do distúrbio de comportamento que possa gerar ação tão hedionda? Nunca se viu na mídia qualquer referência com tal ênfase indicando: Filho biológico mata pai e mãe. Por que agregar à adoção como forma legítima jurídica e afetiva de parentalidade, a informação insidiosa de que haveria uma íntima relação entre adoção e distúrbio de comportamento, o que, psicologicamente não é verdadeiro?

Estabelecer tal relação é tentar instalar interrogações, desestímulo  e até medo naqueles que vivem em paz com seus filhos, como também àqueles que buscam dar uma família aos que a sociedade lhes negou tal direito.

Não é a primeira vez que tomamos conhecimento dessa posição profundamente desumana da mídia, jogando sobre os filhos por adoção responsabilidade pelo simples fato de chegarem às suas famílias pelo instituto da adoção. E mais. É obvio que todos os filhos, sem exceção, são biológicos, ao mesmo tempo em que só poderão vivenciar a real filiação se com eles forem construídos vínculos afetivos com os que os incorporaram como filhos por adoção.

Em nome de um sensacionalismo informativo, há os que talvez sem o perceber são cruéis e pedagogicamente incorretos, martirizando os que estão curando as dores da rejeição ou preenchendo as lacunas da infertilidade. Presta-se um desserviço à humanidade quando se tenta juntar dois elementos que não se podem unir: adoção e deformação do comportamento.

Alguém já observou que dos seres vivos que conhecemos somente os humanos têm a capacidade de serem desumanos. E, lamentavelmente, alguns o são.

Lidando há quarenta e um anos, como psicólogo, com pais e filhos adotivos, compulsando a literatura dos países que pesquisam sobre o tema, nunca encontrei qualquer fonte científica que afirmasse que ações agressivas entre seres humanos fosse uma marca naqueles que se tornaram filhos por adoção.

Chamo aqui à responsabilidade aqueles que permitem a publicação de inverdades que resultam em crime social com prejuízos de extensão incomensurável para crianças que poderão perder, pela segunda vez, a oportunidade de convivência familiar.

Luiz Schettini Filho
Psicólogo
Pai adotivo

domingo, 18 de março de 2012

Amar de Verdade

Postado e Escrito por Renata Palombo

Uma vez eu ouvi de uma pessoa muito importante para mim que eu não sabia o que era amar um filho de verdade porque eles não tinham nascido de mim. Confesso que esta fala me doeu muito, me desestabilizou! Não sei explicar exatamente porque, se foi por ter colocado em xeque minha maternagem, se foi por ter me feito duvidar do meu próprio amor pelos meus filhos, se foi por me fazer pensar que muitas outras pessoas também julgam assim...
 
Fiquei por dias ruminando isso e me perguntando o que era "amor verdadeiro". Alguém aqui sabe definir "amor verdadeiro"? Como eu descobriria se eu amo verdadeiramente meus filhos se não tenho a experiência da gravidez biológica para comparar?
 
Se quando esta pessoa falou em amar de verdade, usou a palavra "verdade" como antônimo de "mentira", eu posso dizer com 100% de certeza que o que eu sinto é de verdade sim! Existe! Está aqui! Dentro de mim!
 
Talvez quando a pessoa falou "de verdade" ela estivesse se referindo a quantidade, querendo dizer que ama-se mais um filho biológico do que um adotado, o que mais uma vez eu não vou poder comparar porque não tenho a experiência do biológico, assim como ela também não deveria tentar comparar porque não tem a experiência do adotado. Posso apenas dizer o que eu acho. Acho que se uma pessoa ama mais o filho biológico do que o adotado é porque nunca adotou de fato, pois uma vez adotado é filho. Filho é filho! Mas não é esse o assunto deste post, voltando a falar sobre a comparação da quantidade de amor, fico pensando em como fazer isso. Alguém tem uma máquina para medir quantidade de amor? Será que essa pessoa tem? Será que ela tem como saber se eu amo meus filhos mais do que ela ama os dela e vice versa? Eu não sei se eu amo mais meus filhos do que você que me lê, eu sei que os amo muito, em alguns momentos chega a doer.
 
Talvez esta pessoas estivesse se referindo a intensidade quando disse "de verdade". Pode ser que seja isso. Sim! Porque é muito intenso o que se vive durante uma gestação e um parto. A emoção de ter um ser pequenino e indefeso em seus braços que acabou de sair de dentro de você deve ser algo indescritível. Eu não tenho dúvida de que esta é uma experiência ímpar, profunda e intensa e eu não a vivi na carne (literalmente) para poder comparar a intensidade. Eu não sei a intensidade do amor de um filho que saiu de mim, mas eu sei a intesidade do amor de um filho que entrou em mim.
 
Até hoje eu não sei o que esta pessoa quis dizer com "amar de verdade", eu sei que o amor que sinto não é de mentira, é muito e é intenso!
 
Eu poderia responder-lhe que ela é quem não sabe o que é amor de verdade, porque amar alguém que você concebeu, gestou, pariu e viu crescer desde o primeiro minuto de vida é muito fácil. Quero ver esta pessoa amar alguém que cresceu em outro ventre, que tem outra carga genética, que chegou com uma história de vida anterior a você, que te desafia, te desconstrói, que você não viu crescer desde o primeiro minuto de vida... Mas eu não responderia isto, por dois motivos:
 
1º) Porque conceber, gestar e parir não é garantia de amor para nenhum filho (como vemos muito por aí), assim como a adoção também não o é (como também vemos por aí).
 
2º) Porque se eu respondesse isso eu estaria cometendo o mesmo erro que ela de julgar, quantificar e comparar os amores...
 
Amor não é mágia, é construção!
 
Amor não se mede, se sente...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Profissão Mãe

Postado por Renata Palombo
Escrito por Karina Batista Jorge
Fonte: Google Imagens

Ser mãe não é pra qualquer uma, ah não é mesmo!

Se tem uma "profissão" que exige  muitas habilidades esta é a de mãe.

Já parou pra pensar que pra ocupar um cargo numa empresa, especialmente se for um cargo de grande importância, é necessário apresentar um currículo bem caprichado que comprove através de seus estudos e experiências que você tem as habilidades necessárias para ocupar tal cargo?

Pra ser Mãe você não precisa apresentar currículo pra ninguém, tâo pouco ter experiência anterior, mas tem que ter muitas habilidades e se não as tiver terá de desenvolvê-las com a máxima urgência.

Para exemplificar segue apenas algumas das atribuições exigidas de uma "Profissional Mãe": ela tem que ser multitarefas, ter raciocínio rápido pra responder questões difíceis em poucos segundos, ser solucionadora de problemas (principalmente os de relacionamentos interpessoais quando a situação envolve irmãos), ter liderança seja por aptidão ou por atitude e além de tudo isto ser uma ótima administradora do tempo.

Resolvi escrever sobre isto estes dias quando parei pra analisar o tanto de coisas que nós mães precisamos e conseguimos fazer em apenas um dia, horas e às vezes em minutos.

O incrivel é que quando eu apenas trabalhava eu achava ser impossível conciliar a minha vida com filhos, eu pensava: "nossa se eu tiver um filho como vou administrar o tempo?" Mas então criei coragem e tive o meu primeiro, com um pouco de malabarismo me adaptei. Então tinha vontade de ter outro filho, mas pensava: "Como posso ter mais um? Impossivel! Não há tempo para cuidar de mais um!" Mas por fim, hoje, mesmo trabalhando fora cuido dos meus dois tesouros e ainda mais, agora estou estudando, e quer saber de uma coisa? Descobri que acabei fazendo um MBA natural me aperfeiçoando no quesito administração do tempo, pois hoje participo de cada coisa que acontece no dia a dia deles, busco na escola, almoçamos juntos quase todos os dias, e no caminho da escola pra casa, aproveito os semáforos  para ler as agendas, ver recados e lições,  eu os levo ao dentista, médico, natação, futebol e quando eles precisam de algo, estão com algum problema ou se machucam é a mim que eles procuram (ainda que seja me ligando no trabalho várias vezes no dia me deixando quase louca - rsrsrsrs) e posso estar trabalhando mas meus pensamentos também estão com eles, planejo o presente e o futuro deles, oro por eles e com eles  e acompanho ainda que à distância se escovaram os dentes, se fizeram a lição de casa, se já tiraram o uniforme e lá da faculdade ligo pra lembrar da hora de tomar um remédio, de separar o material que a professora pediu na agenda e saber se já estão na cama e nunca esqueço de dizer: "Ei, eu amo muito você!"

Embora nem precisasse falar, afinal o que mais motivaria as mães a se desdobrarem assim se não fosse por amor !

Currículo??? Pra quê???

quarta-feira, 14 de março de 2012

O que eu fiz para me ajudar na fase de Adaptação

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

Há dois dias escrevi sobre a minha experiência com a "Chegada do Filho e a fase de Adaptação" e prometi que hoje publicaria sobre as coisas que eu fiz que me ajudaram a passar por essa fase tão difícil, então segue algumas delas:

1) Psicoterapia. Eu já estava em psicoterapia quando meu filho chegou, mas a partir dele iniciei um processo mais intensivo. Me ajudou a elaborar o luto pelas perdas e a integrar melhor a MÃE REAL. Ainda me ajuda. Meu marido foi comigo algumas vezes, o que também foi importante para mim e para ele enquanto pai. Infelizmente em situações como esta vemos pessoas depositando nos outros a responsabilidade pelas dificuldades e não conseguem perceber que se olhassem para dentro de si conseguiriam resolver muitos problemas. Acho que a psicoterapia teve essa função na minha vida, me ajudar a olhar para dentro de mim e ver que muitas das dificuldades que eu vivi nessa fase tinham a ver com a minha história de vida, limitações e constituição psíquica.

2) Grupo de Adoção Tardia. Uma colega de trabalho me apresentou para este grupo que participo até hoje. Ele foi essencial para minha família nessa fase da adaptação, pelo apoio das outras mães, o compartilhar das experiências e as orientações sobre os processos psíquicos na adoção tardia, que fizeram toda a diferença na forma de enxergarmos o que acontecia.

3) Ler. Ler sobre o assunto foi muito importante pra mim. Lembro que na época recebi um texto chamado "Depressão pós adoção: um problema pouco conhecido" que me ajudou a perceber que o que eu estava vivendo era algo mais comum do que eu imaginava, aliviando a culpa e me dando recursos para lidar com a realidade. Muitas mães biológicas também entram em processos depressivos após o puerpério, talvez ler sobre o assunto ajude a entender e organizar melhor as ideias.

4) Conversar com outras mães e pais. Todas as vezes que eu e meu marido conversávamos com outras mães e pais a respeito das dificuldades que estávamos enfrentando, nos sentíamos confortados, pois percebíamos que o que estávamos vivendo era muito parecido com a realidade de todas as outras famílias. Independente dos filhos serem adotados ou biológicos, grandes ou pequenos parecia que tudo se repetia em todos os lares. Isso era muito importante pra nós. Acho que é até hoje.

5) Parceria com Marido. Não posso deixar de citar o quanto a parceria do meu marido e a sua aceitação "incondicional" a tudo o que eu fiz e senti foi importante para eu superar essa fase. Mas não se pode ignorar que os homens também ficam muito perdidos com todas as mudanças e assim como a gente também sentem um turbilhão de emoções boas e ruins. Eles têm muito mais dificuldade de lidar com sentimentos do que nós, mulheres. Muitas vezes precisamos ter paciência com eles e compreendermos que eles também precisam de ajuda e colo.

6) Escola Cristã de Férias. Na comunidade religiosa que eu frequento costuma-se fazer a escola cristão de férias (uma atividade de aproximadamente 2 horas diárias para as crianças frequentarem durante uma semana no período de férias). Poder delegar os cuidados dele a alguém por duas horinhas por dia e ficar sozinha me ajudava muito a reorganizar as ideias, me acalmar e sentir saudades dele. Geralmente quem tem um bebê conta com a ajuda de alguém, muitas vezes a avó, que fica com o recém-nascido para que a mãe possa dormir, tomar banho, recarregar as energias, sentir saudades. Infelizmente eu não tive isso, pois as pessoas acreditam que quem adota não precisa. Felizmente nesta fase tivemos essa escola cristã de férias que substituiu "bem" um ajudador mais presente e constante. 

7) Trazer um amiguinho para ficar em casaEnquanto eu vivia tudo isso uma amiga me pediu para que eu ficasse dois dias com o filho dela em casa. Num primeiro momento me pareceu bastante insano, mas isso foi algo que acabou me ajudando muito. Me ajudou primeiro porque tinha alguém para dividir comigo a atenção do meu filho que estava me consumindo 24 horas e em segundo porque o "amiguinho" fez um monte de coisas que me ajudaram a perceber que crianças faziam aquilo e que com meu filho não seria diferente. Acho que comecei aí a internalizar o FILHO REAL.

8) Orar. Entregar as coisas nas mãos de Deus é algo que sempre ajuda. Orei muito nessa fase. Orava todas as noites com ele (o que eu faço até hoje), mas depois que ele dormia eu voltava no quarto dele, me ajoelhava perto de sua cama, colocava minha mão sobre sua cabeça e intercedia por ele. Pedia muito mais por mim. Pedia sabedoria, que Deus me ensinasse a ser mãe, colocasse amor em nossos corações, me ajudasse aceitá-lo como era, me auxiliasse nas transposições das dificuldades. Hoje (infelizmente) não faço isso todas as noites, mas sempre que aparece algum problema no comportamento dele ou alguma dificuldade na nossa relação tento resgatar esse hábito e garanto que sempre funcionou. Nem sempre o problema é solucionado de um dia para o outro, mas o conforto no coração dado por Deus já ajuda a lidarmos com a situação de uma outra forma.

Como eu disse no outro post, hoje ainda não é nada PERFEITO e nem harmonioso como eu sonhava, mas hoje é bem REAL!

Muitas dificuldades ainda virão! Sei que nem sempre sou a mãe maravilhosa que eu sonhava ser e que ele também não é o filho maravilhoso que eu sonhava ter... mas acho que somos MARAVILHOSOS porque dia-a-dia estamos construindo nossa história de amor, descobrindo juntos a maternagem e a filiação.

Conte para nós o que mais te ajudou no seu período de adaptação.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A chegada do filho e a fase de adaptação

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

A chegada de um filho é mágica é transformadora, mas não é nada fácil, mesmo quando muito desejada. Por mais que as pessoas nos avisem sobre isso, só compreendemos verdadeiramente quando sentimos na "pele". Há pouco tempo, 4 pessoas próximas a mim passaram por esta fase (1 irmã e 3 amigas), e inevitavelmente me remeteram às lembranças da minha fase de adaptação, então decidi escrever aqui como foi tudo isso pra mim, talvez ajude outras pessoas que estejam passando por isso a pelo menos se conformarem de que não são as únicas no mundo a sofrer com isso.

Durante um bom tempo da minha vida eu não queria ter filhos, mas quando surgiu em mim o desejo de ser mãe eu desejei intensamente e lutei de várias maneiras para que isso se tornasse realidade. Muito ansiosa que sou, sofri com a espera, tempo que serviu também para que construisse muitos sonhos e idealizações do quanto eu seria uma mãe maravilhosa e teria um filho maravilhoso e uma família maravilhosa, tudo com muita harmonia.

Depois de mais ou menos "1 ano e meio" de "gestação", meu primeiro filho "nasceu" em nossas vidas. Foi muito delicioso ir buscá-lo!!! Enfim a resposta de nossas orações. Todos eufóricos, as felicitações dos amigos e familiares e meu sonho concretizado! Mas diferente dos contos de fadas a história não acabou assim: "...então eles se encontraram e viveram felizes para sempre..." Na vida real a frase foi: "...então eles se encontraram, viveram muitas mudanças e tiveram que se adaptar..."

Acho que a primeira grande dificuldade foi a de me dar conta que minha vida nunca mais seria a mesma. Eu tinha "ganhado" alguém para cuidar para sempre e "perdido" a possibilidade de cuidar somente de mim mesma. Haveria sempre alguém a quem eu deveria atender antes de atender minhas próprias necessidades em relação a tudo: tempo, alimentação, sono, marido, TV... Teria que cuidar de mim e de mais alguém... Inevitavelmente entrei em um processo de luto/tristeza pela perda da vida anterior. Senti medo de pensar que talvez eu pudesse não gostar dessa nova vida. Medo de não dar conta dela. Não dava para voltar atrás. Comecei a sentir que era melhor não ter mexido em algo que já estava funcionando tão bem. Como não querer mais algo que eu havia lutando tanto para ter? Senti culpa.

Os amigos, familiares e conhecidos ao saberem da notícia nos parabenizavam com alegria e falavam das delícias de ser mãe e do amor incondicional. Apesar de contente por ver pessoas se importando comigo, o sentimento predominante era o de culpa. Culpa por estar tão cansada, culpa por estar com medo, culpa por não sentir o tal amor incondicional, por não estar feliz como as pessoas me faziam acreditar que eu deveria estar.

Assim como eu, meu filho também estava se adaptando a nova vida e aí vieram os inúmeros problemas de comportamento dos quais eu nao tinha a menor idéia do que fazer. Eu enxergava seus comportamentos com intensa frustração porque ele não era o filho que eu idealizava, e mais uma vez o luto, agora pela perda do FILHO IDEAL.

Hoje eu entendo que os problemas de comportamento era a maneira dele expressar que também estava com medo, que também não sabia o que fazer, que também estava sofrendo com a perda da vida anterior, que também sentia culpa por não me amar incondicionalmente e por não conseguir me chamar de mãe. Me desafiava na tentativa de testar minha real aceitação. Mas na época eu não compreendia nada disso. Imensa frustração também por não saber o que fazer com tudo aquilo. Morre aqui a mãe que eu idealizava ser, aquela que seria capaz de dar conta de qualquer dificuldade com sabedoria e serenidade. Que nada!!! Sensação de pura impotência e impaciência. Novamente o luto/tristeza, agora pela morte da MÃE IDEAL.

Se por um lado eu fui privada do desgaste físico por não ter parido e por nunca ter perdido uma noite de sono com meu filho, por outro lado eu fui sobrecarregada pelo desgaste emocional, pois meu filho havia "nascido" pela adoção e o significado que as pessoas davam a isso era de um imenso ato de amor, bondade e heroísmo, o que aumentava minha auto-cobrança achando que eu tinha que dar conta de tudo sozinha e que nada podia dar errado. Aumentava também a minha culpa por não ser tão boa e por estar sentindo tantas coisas más.

Se eu tivesse parido certamente eu teria tido ajuda de algumas pessoas. Eu não tive isso pois talvez as pessoas pensassem que por ser meu filho já crescido eu não precisava. Mero engano. Descobri que as mães puérperas precisam de ajuda não apenas porque estão debilitadas pelo parto, mas principalmente porque estão regredidas e fragilizadas emocionalmente. Confesso que também senti mágoa do mundo, pois recebi visita de apenas duas pessoas que se alegraram em vir até minha casa para conhecer meu filho recém-chegado, o que não acontece com quem recebe um filho recém-nascido.

Aconteceram também as mudanças no relacionamento conjugal que passou a não ser mais o mesmo. Eu já não tinha mais tempo para meu marido e nem ele para mim. Sempre havia um terceiro entre nós mudando uma dinâmica de 6 anos. Eu não posso me queixar do meu marido que sempre foi muito parceiro em tudo, mas nossos desentendimentos aumentaram consideravelmente com a chegada do filho, pois o via agindo enquanto pai de forma que eu não concordava... e lá se ia o PAI IDEAL trazendo luto e tristeza novamente. Assim como ele também discordava de muitas de minhas atitudes enquanto mãe.

O fato é que hoje tudo isso passou! Eu ainda me sinto culpada, frustrada, impotente e com medos em muitas situações e meu filho continua se comportando mal em muitos momentos. Talvez eu possa ter me resignado, me acostumado, me acomodado... mas o que eu acho mesmo é que hoje as coisas são diferentes porque eu vivo muito mais a MÃE REAL, com o FILHO REAL e com o PAI REAL, embora os IDEAIS ainda me assombrem muito.

Uma outra coisa que fez toda diferença comparando o antes com o agora é o AMOR. Amor que não surgiu da noite para o dia, mas que foi construído através da troca e da entrega de todos nós. Com o amor fica mais fácil superar as dificuldades. Hoje ao lembrar de tudo o que senti e vivi, parece nem ter sido tão dificil (embora eu saiba que foi, e muito).

Eu sei que muitas mães também passaram por isso e muitas estão passando, independente das circustâncias em que os filhos chegaram em suas vidas. Para conseguir superar essa fase tão dificil eu fiz muitas coisas, busquei muitas ajudas. Como este post já está muito grande, eu prometo publicar no próximo as coisas "que eu fiz para me ajudar na fase de adaptação". Talvez as alternativas que eu busquei possa ajudar alguém que esteja passando por isso hoje. Então se você está passando por isso ou conhece alguém que esteja não deixe de passar no post publicado dia 14 de março.
Se você quiser compartilhar conosco alguma dificuldade que teve na sua fase de adaptação, fique a vontade.

Embora muitas coisas são adaptações diárias e constantes, embora temos que nos adaptar a cada mudança de fase dos filhos, sou feliz porque hoje já estamos adaptados inclusive em saber que teremos que nos adaptar sempre...

OBS.: Existem inúmera bibliografias na área da psicologia que abordam as manifestações psiquicas do pós parto e também do pós adoção, onde aparecem os conceitos de culpa, frustração, impotência, luto, entre outros. Eu não falei aqui de conceitos técnicos, falei da minha vivência pessoal. Isso não significa que estes sentimentos sejam sentidos e vividos por todas as pessoas da mesma forma. Existem variações na intensidade, circunstâncias e maneira de expressão. Lembrando que nem todas passam por isso.

sábado, 10 de março de 2012

O uso da Chupeta

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

Eu trabalho com mães diariamente e uma dúvida bem frequente entre elas é sobre o uso ou não da chupeta. Eu não sou fonoaudióloga e nem pediatra, mas como trabalho com estes profissionais há 08 anos, pude aprender algumas coisas sobre o assunto e hoje decidi compartilhar o que eu aprendi aqui no blog.

Se alguma fono ou pediatra nos ler e avaliar que eu escrevi alguma "bobeira" não exite em me corrigir, ok??? Mas como eu disse, vou escrever apenas o que eu aprendi ao longo desses anos de trabalho.

A primeira coisa que aprendi sobre chupetas é que a maioria das crianças não tem necessidade delas, é o adulto quem cria esta necessidade e depois é o adulto quem define o momento de "descriar", causando alguns transtornos para a criança.

Bebês que mamam exclusivamente no seio materno dificilmente aceitam chupeta porque vai muito ao desencontro do natural (bico do seio). É fato que bebês sentem grande necessidade de sugar e até (mais ou menos) 6 meses podem usar também o peito apenas para aliviarem a necessidade e acalmarem-se. A partir dos 6 meses, a mãe pode ir fazendo a transição do peito para outros objetos que também terão como finalidade desenvolver a oralidade, como por exemplo os mordedores. Muitas mães sentem medo de deixar a criança "chupetear" o peito e então torna-la dependentes do seio, mas isso não acontecerá se a mãe souber fazer a interdição no momento certo.

Existem situações em que o bebê é muito agitado, nada sacia sua necessidade de sucção, ou até mesmo a mãe não está disponível física ou emocionalmente para deixar o bebê "chupetear o peito" e acabam optando pelo uso da chupeta. Se isso acontecer é importante tomar algumas precauções.

Uma fono que trabalhava comigo, costumava dizer que deveria se fazer apenas um uso "terapeutico da chupeta". O que seria uso "terapeutico da chupeta"? Seria usá-la de forma a apenas acalmar o bebê.  Dá-se a chupeta e assim que ele se acalmar ou saciar sua necessidade de sucção ou dormir, a chupeta deve ser imediatamente retirada da sua boca. Tomar estes pequenos cuidados evitaria (em grande parte) o número de crianças chupetodependentes.

Infelizmente vemos muitas crianças que ficam com a chupeta na boca o dia todo mesmo quando estão bem calminhas e até mesmo enquanto dormem, podendo causar uma série de prejuízos para o desenvolvimento da criança. Existem os prejuízos físicos, mas eu penso que o pior deles é o prejuízo emocional, pois vai chegar um tempo em que os pais vão querer tirar a chupeta do filho e se ele se tornou um chupetodependente vai sofrer bastante. Acho que todos conhecemos histórias de crianças que sofrem mais do que deveriam em momentos como este ou pior ainda histórias de adultos totalmente despreparados que usam péssimos recursos para a retirada do acessório, como por exemplo histórias assustadoras, castigos, uso de pimenta, substâncias amargas e etc.

Quando não se consegue tirar a chupeta até por volta dos dois anos, podemos contar também com os prejuízos sociais, pois a criança começa a criar um isolamento ou por vergonha ou por não interagir adequadamente com outras pessoas devido estar com a chupeta na boca.

Sabemos também que existe o risco de prejudicar a formação da arcada dentária, mas sobre este problema eu não tenho conhecimento para falar o que ocorre.

Uma outra coisa que a fono que trabalhava comigo sempre falava nos grupos de mães era sobre a posição da língua. Se você estiver em repouso agora, observe onde está a ponta da sua língua. Ela deverá estar encostada no céu da boca. Se você tem um bebezinho em casa, tente abrir a boquinha dele quando ele estiver dormindo profundamente. A língua deverá estar enconstada no céu da boca. Essa é a posição correta da língua. Quando o bebê está com a chupeta na boca, estará impedido deste mecanismo natural, pois a língua ficará abaixo do bico da chupeta. Crianças que ficam grande parte do tempo, inclusive enquanto dormem com a chupeta na boca, ficarão com a língua flácida, pois a musculatura estará sendo exercitada para permanecer no sentido oposto ao que realmente deveria. Se a musculatura da língua ficar flácida a criança terá dificuldade para pronunciar algumas palavras, pois a língua não terá força para subir até o céu da boca e ela falará com a língua por entre os dentes. Algumas letras exigem que levemos a língua até o céu da boca para serem pronunciadas, tais como: L, T, D.

Existem também os riscos de tornar o bebê um respirador bucal, uma vez que a boca nunca estará fechada como deveria. O respirador bucal não dorme bem a noite, não descansa adequadamente e por consequência pode ter prejuízo no desenvolvimento e ser uma criança mais irritada.

O uso frequente de chupeta também aumenta as possibilidade de adoecimento, pois é um grande condutor de contaminações.

Bem... estas foram as coisas que eu me lembrei, mas imagino que deva existir muitas outras coisas sobre o assunto. Eu não sou 100% contra a chupeta, mas acho que as pessoas deveriam tomar mais cuidado com o seu uso, para que ela ajude e não atrapalhe.

Se você está passando por algum momento difícil por causa do uso ou não da chupeta, com dúvidas sobre como proceder sugiro que você procure um profissional qualificado para te ajudar e orientar.

Se você quiser compartilhar sua experiência ou alguma dica, faça um comentário. Tudo será muito bem vindo.

terça-feira, 6 de março de 2012

Mitos sobre MÃE

Postado por Renata Palombo
Escrito por Martha Medeiros
Fonte: Google Imagens

Recebi esse texto por email e achei ele muito interessante. Decidi publicar aqui no blog. Espero que vocês também gostem.

MÃE É MÃE: mentira !!!
Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
 Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
 Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista.
 Também é cozinheira e lavadeira.
 Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
 Mãe às vezes também é pai.
 Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
 Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock pra desespero
 de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
 Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima,
 antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também
 namora, trabalha, adora dançar. Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora.
 Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
 Mãe já foi mãe, agora é mãe também.

MÃE É UMA SÓ: mentira !!!
 Sabe por quê?
 Claro que sabe!
 Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
 De certa forma, tem duas mães.
 Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
 Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
 E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
 Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma
 deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães.
 Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto
 maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser
 uma forma de exercer a maternidade.
 O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.

 SER MÃE é PADECER NO PARAÍSO: mentira!!!
 Que paraíso, cara-pálida?
 Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram.
 Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
 Quanto a padecer, é bobagem.
 Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra
 amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
 Por exemplo?
 Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da
 festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica.
 Aí a barra é pesada, pode crer...

MATERNIDADE é A MISSÃO DE TODA MULHER: mentira !!!
 Maternidade não é serviço militar obrigatório!
 Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
 Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não
 tê-los, como sabê-los?
 Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
 Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
 Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima,
 vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida
 mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
 Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem
 filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças
 na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem
 nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de
 Fernando Pessoa.
 É difícil, mas acontece.

MAMÃE, EU QUERO: verdade!!!
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.

domingo, 4 de março de 2012

Comemorando 200 fãs em nossa fanpage!!

Postado e Escrito por Renata Palombo
Fonte: Google Imagens

Em 13 de Fevereiro deste ano comemoramos 100 fãs em nossa fanpage, e hoje, em menos de um mês, estamos tendo o prazer de comemorar nossos 200 fãs!!!

Agradecemos a todos que acreditam em nosso trabalho e nos ajudam a DESCOBRIR as maravilhas (e não maravilhas) da MATERNAGEM.

Divulguem para outras mães, pais, tias, professoras... pessoas que se interessem pelo tema MATERNAGEM e vamos continuar crescendo!!

Rumo aos 300 fãs!!!

Se você ainda não curtiu nossa fanpage clique aqui

sábado, 3 de março de 2012

Você está pronta para pensar em adoção?

Postado por Renata Palombo
Fonte :http://delas.ig.com.br/

Muitas pessoas quando descobrem que eu sou mãe por adoção, revelam que também desejam adotar um dia.

Infelizmente a grande maioria destas pessoas justifica seu desejo pela adoção através de motivações totalmente equivocadas. Já ouvi coisas que me "arrepiou a espinha" e me fez desejar que a pessoa nunca conseguisse um filho por adoção.  

De igual forma já ouvi justificativas muito coerentes de pessoas que aparentemente estão mesmo preparadas para adotar.

Achei na internet um teste bem "facinho" de responder que ajuda a refletir sobre alguns reais motivos de se desejar ter filhos por adoção. Se você alguma vez já pensou no assunto, talvez se interesse pelo teste, responda e veja se você está preparada para isto. É só clicar no link abaixo e responder as perguntas:


Claro que este teste não representa a verdade absoluta sobre estar ou não preparado para adotar. É necessário amadurecimento da idéia e buscar muitas informações sobre o assunto, mas acho que já ajuda a abrir um pouco o caminho.

Se você tiver dúvidas sobre o assunto e quiser fazer perguntas, pode deixar a pergunta em forma de comentário neste post mesmo, ou pode escrever para nós através do formulário de contato.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Mães não sofram, mudar de opinião faz parte!

Postado por Renata Palombo
Escrito por Juliana Palombo
Fonte: Google Imagens
Mais um texto escrito por Juliana Palombo, uma reflexão que eu acho valer muito a pena. Leiam e compartilhem conosco suas opiniões.

Com este título poderia começar o texto dando vários exemplos da minha própria vida, de quantas vezes já sofri, pois quem me conhece sabe muito bem que detesto não ter razão. Sempre fiz de tudo para ter certeza das coisas que falo.
 
Diga-se de passagem, meu marido já ganhou muitas apostas por conta dessa minha teimosia (rsrsrsrrs). Logo muitas vezes tenho que detestar, porque nem sempre tenho razão.
 
No entanto, estou aprendendo a não sofrer, porque agora que me tornei mãe, o problema só aumentou. Mesmo com poucas semanas nesta função já percebi que isto será bem constante. A começar pelas teorias que se fazem diferentes na prática. Embora o início nos envolve em uma rotina super repetitiva, ao mesmo tempo, cada dia é diferente do outro. A gente até pode ter convicções sobre como criar uma criança. Só que aí chega a nossa, e a gente percebe que ela é uma "pessoinha" cheia de vontades e personalidade, que nem sempre se encaixam nas nossas "certezas".
 
Sorte a minha, que ainda estou na fase em que as escolhas do meu filho não me dão dor de cabeça, exceto pelas noites super mal dormidas, já que seu estômago grita por mim de três em três horas. Isso quando não de meia em meia hora, tudo por conta da existência da tal fase oral, em que a criança precisa sugar.
 
Engraçado, porque a mãe neste mesmo período do bebê, também não tem uma tal fase em que precisava ser sugada. Nossa, ia ser tão mais fácil (rsrsrsrsrs)! Brincadeiras a parte, apesar do cansaço e do estresse, isso é ser mãe. Sentir-se útil todo momento em várias situações. E quem não quer ser útil, hein? Além do que a oralidade é um prazer fundamental da vida humana. É por isso que é difícil fazer regime e é por isso também que nós temos que estar com a boca ligada em alguma coisa sempre: no chiclete, na unha, mordendo lápis ou pondo o dedo na boca... Então, a oralidade e a oralização são prazeres que duram toda a vida do ser humano. E se mãe é útil, melhor ainda se dando prazer, certo?
 
São por essas e outras que o estresse fica guardado na gaveta, mas não sofra se tiver que mudar de opinião e assumir que nem sempre ele fica na gaveta. Ao contrário né? Fica bem é exposto. Fazer o que, somos humanas.
 
Tenho aprendido que na função mãe, mudar de opinião faz parte. Hoje mesmo, acordei com metas pautadas no comportamento dele de ontem, não preciso nem dizer que mudei de opinião e de estratégia, ele foi outro hoje. Muita coisa igual, mas muitas coisas ele conduziu do jeito dele, e eu só me adaptando.
 
O lado bom disso é aceitar que mudamos juntos e crescemos com isto. 
 
Enfim, não sofra por ter que mudar de opinião. Faz parte! A torna mais humana, até porque a mãe perfeita seria aquela que amasse cada momento com os filhos, mesmo depois de a criança ter jogado o prato inteiro de comida no chão de propósito, pela terceira vez na mesma refeição.  O pai perfeito estaria sempre sorridente, mesmo depois de ter levado um chute na canela porque o filhinho não queria tomar banho. Só que, nós mortais, não somos perfeitos. Então conte até dez, se afaste se for preciso, deixe o nervoso passar e siga em frente, sabendo que todo mundo sente vontade de fugir de vez em quando.
 
E como fazer para não sofrer?
 
Ah, fica de lição de casa, cada um vai ter um jeito. Ou melhor, deixe um comentário sobre a sua estratégia e quem sabe não reunimos todas as respostas para um novo post. Enquanto isso, continue fazendo a sua parte, sabendo sempre que mudar de opinião faz parte.
 
Boa Sorte!
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