segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Não Deixe Seu Filho Pagar Mico

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo

Hoje o texto é da nossa colaboradora Juliana Palombo.
"O que vou escrever hoje é de extrema importância para mães cujos filhos ainda usam fraldas. Ou melhor dizendo, mães gripadas de filhos que ainda usam fraldas.
Ocorre que em dez meses meu marido e eu batemos no peito por nosso filho nunca ter adoecido. Mas um dia chegaria e cá estamos nós cuidando pra que nosso pequeno de dez meses se cure logo. Resolveu pegar sua primeira gripe, sua primeira inflamação de ouvido, sua primeira assadura, consequentemente quatro noites em claro e logo de uma única vez.
Com tudo isso a imunidade da mamãe aqui foi no pé e também estou bem gripada. Dessa gripe o que está mais me matando é esse nariz buito, bas buitoooo entubido.
Com ele já melhorzinho resolvi sair da clausura e descer um pouco no térreo para me distrair e ele brincar um pouco. Escolhi um horário que meu prédio estava bombando, crianças de todas as idades... Muitos bebês engatinhando pra lá e pra cá, uma grande festa.
Com isso babás, avós, mães e demais cuidadores aproveitam para papear, fofocar, reclamar e entre os tópicos abordados eis que uma diz:
- Hummmm, acho que meu bebê fez o número dois.
Cheira ele e diz bem orgulhosa:
- Ahhh não é ele não! Tá limpinho!
Depois de cinco fazerem a mesma coisa, foi minha vez e cheirei, cheirei e disse:
- Tambem não é ele.
Percebi que se olharam, mas o papo estava bom demais que relevaram o cheiro.  Afinal estavamos na parte: reclamando das “patroas”. Nunca que um cheirinho bem desagradável interromperia tal desabafo. Inclusive nessa hora, eu só ouvia... porque as patroas no caso eram as mães. Avós e babás tem quentíssimas pra contar, só fiquei na escuta.
Quando subi para dar o jantar, fui trocá-lo como de costume, e pasmem. Tinha mais cocô na fralda do que um dia normal.
Mais um aprendizado... Mãe gripada e com nariz entupido deve ficar dez vezes mais atenta para que seu pequeno não pague mico e nem você ganhe a fama de mãe descuidada. Ou seja, subi e deixei pra elas mais uma pauta sobre as mães. Certeza que falaram:
- Nossa essas mães não cuidam direito dos filhos, seria muito melhor que contratassem uma babá ou deixassem com uma das avós ... (rrsrsrsrsrsrrs)
Bom, fiz minha parte para as mamães constipadas!
#ficaadica"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O "Mito do Igual"

Escrito e Postado por Renata Palombo


O que é o "mito do igual"? É quando as pessoas acreditam no mito de que todo mundo é igual e como consequência desta crença acabam não sabendo lidar com aquilo que é "diferente".

A adoção é vista como uma forma muito diferente de maternagem e filiação e pra quem convive com isso sabe quantas vezes somos obrigados a ouvir comentários preconceituosos e de diferenciação. Como se fôssemos menos ou mais, como se fôssemos algo estranho, como se fôssemos um estilo de vida super alternativo.

A verdade é que as pessoas (e eu me incluo nisso) falam coisas irreais e sem sentido porque não sabem lidar com a diferença. O que as pessoas (e me incluo aqui de novo) não se dão conta é que o "igual" é apenas um MITO. Quando, por exemplo, falamos em maternagem e filiação eu queria saber o que é igual? Vocês conhecem alguma história de maternagem igual a outra? Uma mãe igual a outra? Um filho igual ao outro? Estou usando aqui a palavra "Igual" como sinônimo de "idêntico, que não varia".

Pior ainda é que baseamos a crença do "igual", no "mito do ideal". Qual é o ideal de mãe? Criamos um ideal e aí cremos piamente que este ideal é o igual e quem não vive este ideal é diferente. Por que cremos nisso?

Eu conheço muitas mães e cada uma delas tem uma história diferente. Eu conheço mães casadas que planejaram seus filhos, mas conheço mães casadas que não planejaram... assim como também conheço mães solteiras que planejaram e solteiras que não planejaram. Eu conheço mães que vivem com um homem que não é o pai dos filhos dela e conheço mulheres que assumiram as maternagem dos filhos do marido. Conheço mães-avós, mães-tias, mães-irmãs. Conheço mães que tentaram abortar e mães que engravidaram de uma aventura. Conheço mães que esperaram 15 anos para ter um filho e conheço mães que nem esperaram. Mães que enganaram o marido para conseguir ter um filho. Mães que engravidaram de marido vasectomizado, mães que tiveram que fazer teste de D.N.A. para comprovar a paternidade, mães que não fizeram pré natal, que ficaram doentes durante a gravidez, mães que fertilizaram o filho in vitro e mães que fertilizaram o filho no coração. Mães que adotaram bebês, que adotaram crianças grandes, que adotaram grupo de irmãos e que adotaram de "cor de pele" diferente da sua. Conheço quem adotou para "tampar um buraco" na vida e quem adotou apenas porque queria ser mãe. Conheço filhos que nasceram de parto normal, de parto cesárea e de fórceps. Conheço mãe de gêmeos e acreditem se quiser conheço até uma mãe de trigêmeos. Conheço mães homossexuais. Eu conheço mães que sentem medo, culpa, raiva, dúvida, amor, alegria, esperança... e conheço as que sente tudo isso misturado e mais um pouco. Conheço mães que queriam menina e tiveram menino e vice-verso. Conheço mães de filhos deficientes fisicos, intelectuais e até deficientes de espírito. Conheço mães religiosas, "porra loucas" e até tradicionais. Mães que trabalham fora, que trabalham dentro e que trabalham em todos os lugares. Conheço mães que tem facebook, que nunca ligaram um computador, que fazem terapia, que dirigem, que andam a pé, que fumam, que bebem, que usam drogas, que não comem carne e nem açúcar e que fazem acadêmia. Conheço mães que querem que o filho seja médico, outra que quer que seja pastor, outra que quer que seja futebolistas e outras e outras e outras...

Imagino que você que me lê também conhece pelo menos uma de cada uma destas mães (talvez uma ou outra não), então, por favor, me diga onde está o "igual", o "idêntico"? Porque ainda assim achamos que todo mundo é igual a mãe ideal? Qual destas citadas aí em cima é a ideal? Porque as pessoas se espantam tanto com quem é mãe por adoção como se hovesse apenas uma ou duas variações de mães? Só agora, rapidamente, consegui me lembrar e citar cerca de 50 variações para mãe, fora as que eu nem me lembrei.

Será que quando eu aponto o diferente significa que todo o resto é igual a mim?

Acho que antes de ficarmos espantados ou curiosos com algum tipo de maternidade diferente da "ideal" deveríamos lembrar que o ideal não existe e muito menos o igual.
O "igual" certamente é um mito!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Espelho Mágico ou Gênio da Lâmpada?

Escrito por Juliana Palombo
Postado por Renata Palombo


Mais um texto de Juliana Palombo:
"Como uma mãe de carteirinha a comparação é algo inerente. Na TPM então, isso se potencializa e as buscas por modelos de mães se tornam inesgotáveis.  Modelos que em dias normais servem de referência e aprendizado, mas que na TPM servem para nos destruirmos enquanto pessoa.
E óbvio que estou escrevendo esse texto no auge da TPM e buscando alguns modelos de mães pra me comparar e poder olhar no espelho e perguntar:
- Espelho, espelho meu? Existe mãe pior do que eu?
E pra ajudar, quero me comparar com elas. As tops, as pop´s, as divinas: Cláudia Leitte, Adriana Esteves (atualmente mais conhecida como Carminha) e  Angélica. Porque estas? Porque ouvi relatos do dia a dia delas essa semana que me chamaram muita atenção. Parece que pra elas, é muito fácil exercer o papel de mãe.
Você já se pegou se comparando com mães da mídia? Mães artistas? Ou isso é coisa minha? Não que eu não seja uma mãe artista, porque o que faço é de se aplaudir também, mas é que as mães da mídia me intrigam muito.
Vamos começar com Cláudia Leitte: como ela consegue parir em um dia e ter uma barriga tanquinho no outro? Como ela consegue pular igual uma macaca um mês depois que chegou seu segundo filho? Ela não teve noites em claro? Ela não se alimentou mal? Ela não amamentou?
Adriana Esteves: como ela consegue gerenciar seus três filhos trabalhando fulltime em novela? Em sete meses de gravação nenhum filho dela adoeceu? Não precisou passar uma noite em claro? Como assim ela ainda tem um personal trainner?
Angélica: como assim ela já está de visual novo? A Eva só tem um mês! Como assim o bolo de mesversário da filha dela parece ter sido mais caro que a festa toda de um ano que estou preparando pro meu filho? O Joaquim e o Benício não entraram em crise? Não têm ciúmes? Não regridem fazendo xixi na cama? Não enlouquecem Angélica e Luciano Hulk?
Não tenho exatamente todas as respostas, porém ouvindo as conclusões das entrevistas, ficou claro que o dia a dia delas é bem mais fácil, contudo os sentimentos não diferem do mundo real. Elas também têm culpas, dilemas, dúvidas e pesares. Ufa!!! Estava me achando anormal. Na verdade não sou anormal, só não sou tão bem financeiramente quanto elas (rsrsrssr).
Claudia Leitte fez exercícios com personal durante toda a gestação, tem nutricionista particular que a acompanha, uma babá para cada filho em período integral, cozinheira, secretárias do lar, motorista todos a seu dispor.
Carminha, quer dizer, Adriana Esteves (Até porque Carminha foi uma péssima referência de mãe) agradeceu este domingo no Faustão pela EQUIPE que cuida dos filhos dela. Oi? Oi? Oi? Oi? Equipe? Sim é isso mesmo! Tem babás, enfermeiros, ajudadores e etc etc etc.
E Angélica, recentemente mudou para um apartamento de 47 milhões... Nem preciso dizer que a equipe dela é bem maior que da Esteves....
Então porque estou me comparando? Aaahhh, só pelo prazer macabro da TPM...
Brincadeiras a parte, eu me comparei com elas pra parar pra pensar que não devemos nos comparar. Porque quem compara pára. Cada mãe tem sua realidade e isso não reflete na qualidade de mãe que você é. O luxo lhes confere conforto, mas não título de maior competência ou de melhores mães do ano. Isso independe do fator dinheiro. Isso depende da sua disposição de doar-se e de seguir adiante com tudo que compete a MATERNAGEM. Afinal, esse conceito não se desenvolve a base de barriga tanque, visual novo ou a ausência de olheiras.
Enfim, foi só um desabafo para você que às vezes fica se comparando com tipos de mães e perdendo tempo, deixando de ouvir a resposta do espelho:
- Não existe mãe pior que você, existe outros tipos de mães, que tem outros tipos de filho, que tem outra realidade e que tem outros objetivos.
Obrigada espelho querido por me fazer enxergar que sou o tipo de mãe única que sou. Sem barriga tanque, com olheiras, que faz mil coisas e que dentro das minhas condições tenho uma equipe mais que suficiente: Deus e minha família. Para eles sou uma artista de troféu imprensa!
Mesmo confortada com a resposta do Espelho Mágico, não me importaria se encontrasse o gênio da lâmpada pra fazer três  pedidos. Mas que revelo em outro post, antes que esse termine contraditório... rsrsrsrsrsr"

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Show do Patati Patatá

Escrito e Postado por Renata Palombo

Fonte: http://www.patatipatata.com.br

No meu trabalho eu atendo pais e mães diariamente. Uma vez, fiz umas contas por cima e certamente em 9 anos de profissão já atendi cerca de 8 mil mães e/ou pais. Em todos estes atendimentos sempre há queixas e reclamações com relação aos filhos e as dificuldades em criá-los e educá-los. São queixas relacionadas a desobediência, birras, lição de casa, comportamento na escola, dificuldade pra comer, pra dormir, xixi na cama e etc, etc, etc...

Na última semana teve na minha cidade um Show do Patati Patatá.  Óbvio que meu filho quis muito ir e nós acabamos sucumbindo ao seu desejo em ver os Palhaços.

O show aconteceu no estacionamento de um shopping. Imaginem um lugar muito lotado! A última vez que eu fui a um lugar tão lotado foi no Show dos Menudos em 1985 (rsrsrsrs). 

Os palhaços entraram no palco e a euforia era geral: crianças e adultos muito felizes batendo palmas e cantando todas as músicas, se espremendo no meio da multidão na tentativa de conseguir ver algum pedacinho do show.

Lugar lotado, sem ventilação e sem rota de fuga em caso de qualquer acidente.  O calor era tanto que (acreditem ou não) eu estava suando até na canela. As crianças não tinham a menor chance de enxergar o palco no meio da multidão e por isso os adultos se esforçavam muito para ergue-los de alguma forma. Tinha criança em pé nas grades, tinha criança no cangote do adulto, tinha filho sentado na cabeça do pai, tinha em pé nos ombros do avô, tinha criança grande e pesada no cangote de mães pequenas e mirradas, tinha criança erguida pelos braços dos tios, tinha até uma criança pequenina no cangote de uma criança maior, no cangote de um adulto fazendo uma "torre" de três andares...  Ainda assim, todos estavam eufóricos e felizes: crianças e adultos.  




Eu fiquei olhando ao meu redor e me questionando onde estavam aqueles pais queixosos e cheios de problemas com seus filhos? Aonde estavam aquelas mães e pais que vejo chorar diariamente diante da angustia de não saberem o que fazer com as dificuldades dos filhos? 

Eu me perguntei o que faz um pai, uma mãe, uma avó, uma tia sair da sua casa em pleno domingo pra assistir o show de dois palhaços???

Juro que me deu vontade de fazer essa pergunta pra várias mães, pais, avós e tios que estavam lá... mas quem ia me dar atenção???

Perguntei pra mim mesma... eu estava lá... deixei minha casa em pleno domingo depois de uma semana cansativa de trabalho pra ficar me espremendo na multidão, suando até a canela, enfrentando meu lado claustrofóbico e (acreditem ou não) sem nem sequer conseguir ver o Patati Patatá.  Minha única chance de ver os palhaços era subir no cangote no meu marido, lugar que no caso já estava mais do que ocupado e sem chances de negociação para um possível revesamento.

Porque eu estava lá? Porque meu filho queria estar lá! Porque meu filho ansiou a semana toda para estar lá! Porque eu sabia que o sorriso e a alegria dele faria valer cada minuto por lá! Preciso confessar que eu estava lá também porque é muito bom reviver a infância! 

Me senti gratificada em estar lá não apenas pelo meu filho ou pelo meu lado criança, me senti gratificada também por todas as outras crianças que vi por lá... Que delícia foi ver todas sorrindo, cantando e pulando... 

Descobri que eu estava lá porque são estes momentos que fazem valer a pena ser mãe, ser pai... É na hora que vemos a felicidade de nossos filhos que esquecemos todos os problemas advindos com a maternagem e nos reabastecemos para continuar cuidando e amando-os cada dia mais. Que bom que o mundo dos pais e filhos não são feitos só de queixas e problemas... Que bom que a construção do amor é diária... Que bom que os bons momentos com eles pesam infinitamente mais do que a pior birra, a pior desobediência que são capazes de fazer.

Ouso apostar que muitos outros pais, tios, avós também estavam lá pelos mesmos motivos que os meus. 

Eu não sei se todos os pais que estavam no show são capazes de dar a vida por seus filhos, mas que todos são capazes de dar toda sua capacidade de força física e toda sua capacidade de sentir calor para que os filhos se alegrem junto com o Patati Patatá eu tenho certeza!!!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Carta ao Meu Filho

Postado e Escrito por Renata Palombo
Filho,

Hoje é seu aniversário! Você está fazendo 9 anos. Nasceu para o mundo há exatamente 9 anos, mas nasceu na minha vida há  exatamente 2 anos e 4 meses.

Parece pouco tempo se pensarmos que são só 2 anos, mas se pensarmos na intensidade de tudo o que já vivemos juntos parece muito!

As vezes parece que foi ontem que tudo aconteceu, e as vezes parece que faz tanto tempo que mal consigo me lembrar como era a nossa vida sem você.

Lembra da primeira vez que nos vimos? Nem sonhavamos que seríamos uma família, mas naquele dia Deus já sabia que você era nosso e que nós éramos seus. Naquele dia Deus viu que nossos corações começavam a se ligar um ao outro.

Lembra da 1ª vez que fomos ao  supermercado? Das esperas pelos finais de semana para nos encontrarmos, das várias vezes que te deixamos no abrigo com o coração doendo de saudades e um nó na garganta, das idas ao dentista, da angustia pela espera da decisão da juíza?

E o dia que o Fórum nos ligou dizendo que poderíamos buscar nosso filho? Você estava lá eufórico esperando por nós, mas na verdade não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

Lembra das primeiras vezes que falou pai e mãe? As primeiras birras e desobediencias? E os vários xixis na cama? A primeira visita da "fada do dente", a primeira festa de aniversário, o primeiro dia das mães?

Lembra quando a gente estava aprendendo a ser pais e a você a ser filho? Época dificil , hein? Pensamos em desistir algumas vezes. Qualquer coisa era motivo para você dizer que nosso coração tinha desgrudado e nós sempre dizíamos que  nossos corações não desgrudariam nunca mais.

Já vivemos muitas "primeiras vezes" juntos (e olha que dizem que na adoção tardia se perde as primeiras vezes). São tantas lembranças que não caberia nesta folha. Apesar de serem tantas não são nada perto de tudo o que ainda queremos viver junto com você, perto da tantas outras "primeiras vezes" que estão por vir.

Pais e filhos só se tornam pais e filhos de fato quando os corações "se ligam". Alguns corações se ligam logo que a criança nasce, outros corações demoram alguns meses e outros demoram alguns anos para "se ligarem". Eu não sei te explicar porque demoramos 6 anos para nos encontrarmos, mas eu sei que sou muito feliz por ter achado meu filho e agradeço muito a Deus por isto!

Há mais de 2 anos você já é nosso pela ligação de nossos corações, mas hoje, por uma destas agradáveis coincidencias da vida, você também se tornou nosso pela legitimação da lei! O aniversário é seu mais sua certidão de nascimento com nosso nome foi um presente para todos nós!

Filho, continue crescendo em estatura, graça e sabedoria assim como Jesus. Eu te amo mais a cada dia e me orgulho de ser sua mãe. Nunca duvide do meu amor e nem do amor de Deus!

Seja sempre feliz!!! Te amo!!! Feliz Aniversário...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mãe Ama Todos os Filhos Igual?

Postado e Escrito por Renata Palombo

Mãe ama todos os filhos igual? Dizem algumas mães que sim... outras dizem que não...

Não posso aqui dizer quem está certa ou errada, mas posso falar de mim, e eu não amo meus filhos igual. Talvez eu ame na mesma intensidade/quantidade, mas amo de formas muito diferentes. Assim como amo na mesma intensidade/quantidade, mas de maneiras diferentes, o meu pai, a minha  mãe, a minha irmã, o meu marido, o meu sobrinho, algumas poucas amigas... enfim...

Pra mim amar igual seria não levar em consideração as diferenças e necessidades de cada um. Acho que cada pessoa precisa de um tipo de amor, e acho também que somos capazes de amar cada pessoa com um tipo de amor diferente, porque ninguém desperta em nós os mesmos sentimentos, as mesmas sensações.

O amor que eu tenho pelo Diego é muito intenso, mas também muito instável. O Diego é muito intenso em tudo o que faz e acho que por isso exige um amor tão intenso também. Só que a impetuosidade acaba gerando a instabilidade porque ninguém consegue viver intenso 24 horas... a gente se esgota, cansa e aí precisa se afastar um pouco para recobrar as energias. Minha relação com o Diego é meio que de amor e ódio. Somos explosivos, mas também somos flexíveis. Brigamos de forma intensa, acreditamos piamente que não gostamos um do outro, mas em poucos minutos estamos nos procurando e nos reconciliando acreditando piamente que jamais amaremos alguém como amamos um ao outro. O amor que eu sinto pelo Diego é de pele, de toque, de cheiro, a gente precisa se tocar, estar junto para saber do amor que sentimos.

Já o amor que eu sinto pela Natalia não é nada intenso. É sereno, porém estável. Ele não sobe e desce, nunca é imenso, mas também nunca é pequeno.Um amor que consegue ser igual por 24 horas sem cansar, sem esgotar, sem se afastar. Também sou explosiva com ela, mas pouco flexível. Como ela é contida, minha explosão não encontra ressonância nela e volta vazia, se por um lado isso me obriga a ama-la de forma contida, também me obriga  a amá-la com inflexibilidade, porque preciso respeitar seu tempo de reparação que diferente do meu não acontece em poucos minutos. O amor que eu sinto pela Natalia não é de pele, é de alma. Não precisamos nos tocar para saber que estamos juntas.

Amores diferentes! Muito diferentes, mas com mesmo grau de importância e precisão. Cada um em suas necessidades (necessidades deles e minhas), mas amores dos quais, hoje, eu não saberia viver sem.

Que bom que existem vários amores!!!
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